Hiperplasia prostática benigna - Enucleação a laser
A enucleação prostática com laser Holmium (HoLEP – Holmium laser enucleation of prostate) foi desenvolvida no final dos anos 90 e vem sendo largamente utilizada nos EUA e Europa. Essa cirurgia realizada através da uretra permite a retirada sem cortes da porção prostática que está aumentada de tamanho (adenoma) responsável pela obstrução do canal urinário e sintomas como jato urinário fraco, aumento da frequência urinária durante o dia e a noite, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga dentre outros.
Para quais pacientes é indicado?
Em termos gerais o procedimento é indicado para homens que tenham sintomas importantes decorrentes do crescimento prostático conhecido popularmente por hiperplasia prostática benigna (HPB).
Cada paciente é avaliado individualmente em consulta com urologista antes de concluirmos qual técnica é a mais adequada para o tratamento do aumento prostático. Entretanto, de acordo com as diretrizes das sociedades Americana (AUA - www.auanet.org ) e Européia (EAU - https://uroweb.org ) esta técnica pode ser aplicada em todos os tamanhos de próstata com excelentes resultados.
Como é feito o procedimento?
É introduzido um aparelho com uma fibra a laser pelo canal uretral de tal forma que não há necessidade de cortes no abdômen mesmo para próstatas grandes. Primeiro realizamos a enucleação (separação) do adenoma prostático que é colocado dentro da bexiga. Na segunda etapa da cirurgia utilizamos um aparelho para cortar o adenoma prostático em pedaços pequenos que são aspirados para fora da bexiga pelo aparelho introduzido na uretra. Esses fragmentos são enviados para análise em laboratório e o resultado do exame informado ao paciente na consulta de retorno após o procedimento.
Quais as vantagens dessa técnica?
Quando comparada com outras técnicas a enucleação prostática garante um fluxo urinário melhor e redução dos sintomas urinários por mais tempo. Além disso, a energia produzida pelo aparelho laser possui melhores propriedades de coagulação que os métodos tradicionais de RTU de próstata (Ressecção transuretral de próstata). Isso resulta em menor perda sanguínea durante o procedimento e um risco muito pequeno de necessidade de transfusão sanguínea ou sangramento pós-operatório mesmo para pacientes que tenham próstatas grandes ou façam uso de medicações anticoagulantes. O paciente, na grande maioria dos casos, pode ser liberado do hospital 24 horas após o procedimento.
Possíveis complicações
Como qualquer outro procedimento cirúrgico este tratamento também possui riscos de complicações. A complicação mais frequente é a sensação de ardência no canal urinário (disúria) nos dias após o procedimento. Outras como incontinência urinária e estreitamento do canal uretral (estenose) são, de acordo com estudos, iguais aos níveis encontrados para RTU de próstata.
Dr. Paulo Maron
Dr. Paulo Maron
Urologista – CRM-SP: 133.073
- Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia
- Residência em Urologia pela Santa Casa – SP
- Mestre em Oncologia pelo AC Camargo Cancer Center – FAP
Dr. José Vetorazzo
Dr. José Vetorazzo
Urologista – CRM-SP: 152.091
- Fellowship em Uro Oncologia Hospital Clínic – Universidade de Barcelona, Espanha
- Certificação em Cirurgia Robótica pela Intuitive Surgical – Da Vinci Surgical System
- Residência médica em Urologia pela Santa Casa de São Paulo
Dr. Alexandre Sato
Dr. Alexandre Sato
Urologista – CRM-SP: 146.210
- Médico da Disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC
- Observership in Robotics – Duke University – EUA
- Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia
Dr. Bruno Benigno
Dr. Bruno Benigno
Urologista – CRM: 126265 RQE 60022
- Urologista do Centro de Oncologia e Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz – SP;
- Fellowship em Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica – AC Camargo Cancer Center;
- Certificação em cirurgia robótica pela Intuitive Corporation – EUA;